SUICÍDIO

Bem vindos queridos leitores!

Este mês de outubro a nossa Gruta vai pegar o gancho de um tema que foi muito exposto principalmente nas redes sociais no mês que passado, porém que ainda é pouco aprofundado e suas razões pouco compreendidas, seja para quem está próximo ou distante dessa realidade. Estamos falando do suicídio! Pois é! Sem dúvida, muitos de vocês ouviram falar e até viram nas redes sociais algumas matérias ou simplesmente posts, falando do Setembro Amarelo, isto é, da prevenção ao suicídio.

Apesar do mês de Setembro ter ido embora, nós queremos continuar falando desse tema tão sério e tão carente de realmente ser falado, exposto, debatido! E o nosso desejo é que as informações aqui mostradas, nos leve a uma maior conscientização do assunto, assim como uma maior clareza e leveza para lidar com situações que venham a nos desafiar.

Para quem ainda está se familiarizando com esse tema, o movimento do Setembro Amarelo é mundial e ocorre no Brasil desde o ano de 2014. Dura 30 dias e foi escolhido para acontecer no nono mês do ano, pois o dia 10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio. Ele foi trazido ao Brasil pelo CVV (Centro de Valorização da Vida), CFM (Conselho Federal de Medicina) e ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria). Em 2014, o movimento ficou concentrado em Brasília, mas ano passado já começou a crescer para outros estados brasileiros e ocupou todas as regiões do Brasil.

A cor e o mês para a campanha não foram escolhidos à toa, o amarelo representa a chama da vida e a esperança, já setembro, foi escolhido por ser o mês com maior índice de suicídios no mundo e em comemoração ao dia 10 de setembro (Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio).

Uma das várias frases presentes nesse movimento, diz que FALAR É A MELHOR SOLUÇÃO! Até concordo, mas quando envolve experiências pessoais reais, será que falar é mesmo tão simples assim? Não, não é! O suicídio ainda é um assunto tabu em nossa sociedade, as pessoas não falam sobre isso, o que infelizmente não impede que seja uma prática comum levando mais de 800 mil vidas por ano, ou seja, um suicídio a cada 40 segundos de acordo com os dados da Organização Mundial de Saúde, sendo o oitavo país com maior número de vítimas.

Com dados tão alarmantes, a necessidade de divulgação e propagação da campanha tornou-se uma questão de saúde pública e dever social. Mas através desses movimentos, aos poucos vai-se gerando um despertar nas pessoas, uma curiosidade saudável que as impulsiona ir atrás de informações e um sentimento de ajudar pessoas que estão vivenciando esse drama de alguma forma.

Mas como buscar ajuda se a pessoa sequer sabe que ela pode ser ajudada e que o que ela passa naquele momento é mais comum do que se imagina e divulgam por aí? Ao mesmo tempo, como é possível oferecer ajuda a um amigo ou parente se também não sabemos identificar os sinais e muito menos temos familiaridade com a abordagem mais adequada? Pois bem, a nossa Gruta lista alguns fatores de risco, assim como alguns sinais de alerta para você ficar bem atento com relação a si próprio, como as pessoas ao seu redor. #seliga

FATORES DE RISCO

* Doenças mentais: Depressão; Transtornos bipolar, de personalidade e mentais relacionados ao uso de álcool e outras substâncias; Esquizofrenia.

OBS: Há um aumento do risco com associação de doenças mentais.

* Aspectos sociais: Gênero masculino; Idade entre 15 e 30 anos e acima de 65 anos; Sem filhos; Moradores de áreas urbanas; Desempregados ou aposentados; Isolamento social; Solteiros, separados ou viúvos; População especiais (indígenas, adolescentes e moradores de rua).

* Aspectos psicológicos: Perdas recentes; pouca resiliência (capacidade de superação); personalidade impulsiva, agressiva ou de humor instável; Ter sofrido abuso físico ou sexual na infância; Desesperança, desespero e desamparo.

* Condição de saúde limitante: Doenças orgânicas incapacitantes; Dor crônica; Doenças neurológicas (epilepsia, Parkinson, *Huntington); Trauma medular; Tumores malignos; AIDS.

*Doença de Huntington: Condição hereditária em que há degeneração das células nervosas do cérebro com o passar do tempo.

 

SINAIS DE ALERTA

* Frases como “eu não sirvo para nada”, “não quero mais viver”, “se eu morrer ninguém mais vai sentir falta”, “seria melhor se eu não estivesse aqui” ou “sou um fardo para os outros” são sinais claros que a pessoa em questão não está bem e precisa de ajuda.

* Falar ou pensar recorrentemente em morrer ou matar-se;

* Dizer sentir uma dor incurável;

* Fazer comentários sobre sentir-se sem esperança e inútil;

* Perda completa no interesse pelas coisas que costumava interessar-se;

* Depressão sem melhora após tratamento;

* Tomar riscos que podem levar a morte, assumindo a morte como um destino tentador;

* Subitamente mudar de muito triste para muito calmo ou parecer muito feliz;

* Visitar ou ligar para pessoas com objetivo de se despedir.

 

Só lembrando que a pessoa tem que apresentar vários sintomas para que a depressão seja considerada uma doença. Precisamos encarar o suicídio de frente, sem rodeios. A prevenção se dá pelo aconselhamento profissional, um dos primeiros passos para o tratamento da depressão e, consequentemente, para se evitar o suicídio. E claro, ser um bom ouvinte, demonstrar empatia e gestos de carinho, não fazer comparações são apenas alguns dos itens para se fazer quando se identifica alguém nessa situação. E é sempre bom lembrar, VOCÊ NÃO ESTÁ SOZINHO!!!

#liberdade #paz #amor #coragem #energia #determinação #esperança #gratidão #Deus

                                                                                                                                           Leya Ramos